Meias palavras. É o que dizemos uma à outra. Tu, porque nunca falaste dos teus sentimentos abertamente. Eu, porque não sei como chegar perto de ti e dizer-te toda a cruel verdade que tenho para te dizer. De qualquer maneira, e pelas tuas acções, consegui perceber que, para ti, a nossa amizade não significou metade do que foi para mim. Puseste todas as tuas outras amizades, aparentemente menos importantes, à frente da minha e deixaste que isto chegasse onde chegou.
Deposito toda a culpa, do falhanço que a nossa amizade representou, em ti, que não soubeste separar as coisas e não soubeste ver-me como uma melhor amiga nem ser uma melhor amiga. Não estou a fazer-me de vítima porque factos são factos e eu não podia fazer mais do que fiz. Eu perdoei-te de algo tão bizarro e quis que voltássemos a ser o que éramos porque, para mim, isso era o mais importante. Voltar a ser tua amiga. Ainda assim, o mais importante para ti era ele. Que era meu namorado. O mais importante era a "amizade" que lhe tinhas. E mentiste-me, e magoaste-me. Over and over again.
E mesmo depois de tudo, ainda hoje descubro coisas que me fazem pensar como é que foste capaz de sequer olhar para mim durante todo o ano que passou.
Tenho tanta pena que te tenhas revelado tão má pessoa e tenho tanta pena que tudo nos tenha levado a este rumo.
Agora só quero que deixes de assombrar o meu sono como um fantasma que se entranha pela minha cabeça e não me dá descanso, que me faz pensar nele 24/7 e que me traz constantemente memórias, boas e más. Acordo suada e frustada todas noites, por causa do mesmo pesadelo. Por teres ficado com o que me pertence.
Agora quero e vou conseguir pôr um ponto final no grande capítulo que ocupaste ao longo dos anos na minha vida.
