Sinto-me vazia. Perdi a motivação. Para tudo. Não sou eu que estou na minha pele, no meu coração. Não é o meu sangue que corre nas minhas veias e artérias, que transforma ar poluente em ar "bom". Não são as minhas mãos que escrevem à medida que solto os meus pensamentos. Não me reconheço.
Perdi-me quando perdi a minha melhor amiga e o meu melhor amigo, a quem também chamo de namorado. Perdi-me quando a relação passou a ser a 3. Perdi-me quando deixámos de ser o que éramos. E ainda mais quando fui atirada para o fundo dos seus pensamentos; onde está também a morte - porque raramente pensamos nela. Quando morri para eles. Quando eles se importaram mais um com o outro do que comigo.
Perdi-me e ainda não sei de mim. Um ano depois não sei de mim. Da alegria que tinha. Do amor que recebia e dava de tão livre vontade. Da confiança que tinha nos amigos, que agora não passam de meros conhecidos, e em todas as pessoas. Hoje, não sou eu que aqui estou perante o mundo e Deus. Não tenho respostas e as perguntas chegam como um trovão muito zangado com toda a gente. Como eu. Sou rude e agressiva, ainda mais que era. Mudo constantemente de humor e da forma como quero ver a minha vida. Não sou eu e não sei onde estou, para onde fui.
Mas preciso de mim, preciso dessa motivação que tinha e já não tenho. Preciso de me encontrar.
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